sábado, 25 de dezembro de 2010

Aprendizado que ninguém ensina.

A mente desorganizada libera a cabeça, assim como o coração quando bate sem compasso. Aos meus olhos, ainda infantis, vejo vontades latentes, pulsantes. Desejos acelerados, que vão e voltam. Temo que quando eu vir a ser, ainda seja dessa forma. Um eterno retorno, uma eterna prisão ocasionada por querer sempre o poder de realizar a vontade. A mais pura vontade, aquela que vem num dia, dilacerada. E vai embora um ou dois dias depois. Ou pelo menos você torce para isso. Lembrar e ter que esquecer. Esquecer e ter que lembrar. É tudo muito sufocante. Pois não cabe um comportamento de loucura e um belo dia fazer o que der na telha. As pessoas têm memória. E o que te preocupa é exatamente isso, não o remorso que por ventura poderias sentir. Não há remorso para a felicidade se ela for feita de verdade, com embriaguez de sentimento e lucidez como guia. O sentimento não necessariamente é enganador, é mal, cruel e faz doer. Ele move montanhas, vidas e engrandece a nossa razão. A emoção fortifica a razão, bem como o conhecimento de que arriscar e confiar nas sensações fortifica a emoção. Não vou parar de acreditar nisso por um mundo que me diz para usar a cabeça e pensar direito, observar as estatísticas. Não vou fazer isso por um mundo que não vê nas boas sensações um passo adiante, e sim como um passo de regresso. Não devemos ter memória fraca para não sermos pegos pelo monstro da consciência de moralidade, e sim termos ciência de que tudo o que fizemos e que vamos fazer, move o mundo que tanto reclamamos, o modifica e o atenta para as impressões de um sorriso feliz, que não dura muito pelos músculos que se cansam, mas faz parte de um eterno aprendizado. Razão e emoção não devem se anular. Quando eu aprender a sentir, prometo que vos ensino... Só com um sorriso.

Um comentário:

  1. Isso são os 18 anos,não?A felicidade é tão longínqua e momentânea,talvez essa seja a graça...rs.Muito bom o blog aí.

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